A nova carteira de identidade nacional alcançou a marca de 1 milhão de documentos emitidos. Esse marco é acompanhado por uma importante mudança técnica no sistema, com a substituição do batimento de informações por APIs pelo uso da plataforma de blockchain B-Cadastro, desenvolvida pelo Serpro em parceria com a Receita Federal.
Segundo o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão, Rogério Mascarenhas, essa transição permitirá uma troca mais ágil e atualização das informações relacionadas ao CPF. “Estamos atingindo 1 milhão de emissões, com 12 estados integrados. Vamos mudar a estrutura, com o CPF como login único. E vamos sair de uma solução de comunicação via API por uma solução de blockchain com o Serpro como parceiro. Isso permitirá uma maior celeridade na troca de informações e de atualização da situação do CPF”, revela.
Essa mudança técnica tornará mais fácil e econômica a adesão dos demais estados ao projeto da Carteira de Identidade Nacional (CIN), incluindo o estado de São Paulo. Com isso, a data de 6 de novembro foi mantida como prazo para que todas as 27 unidades da federação comecem a emitir o novo documento. Vale ressaltar que essa data foi adiada, uma vez que inicialmente eram apenas 8 os estados preparados para a emissão da nova carteira.
O secretário Mascarenhas destaca que essa transição do processo de comunicação via API para o uso da blockchain possibilitará uma redução de custos internos na emissão do documento, além de melhorar a eficiência do processo. Ele afirma que essa mudança é fundamental para a estratégia de governo digital, visando entregar a cada cidadão brasileiro um token de identificação conectado ao Gov.br, permitindo o exercício pleno de direitos e deveres de forma perfeitamente identificada.
“A nova carteira atua como um token. Em cima dela, o mecanismo de autenticação e assinatura é o Gov.br. É importante ter padrões de segurança nesses dois níveis. Imaginamos que em 3 anos e meio, no ciclo de governo fechado, tenhamos uma aceleração na distribuição das novas CINs, que já serão emitidas com a possibilidade de a pessoa ser ‘ouro’, ou seja, um cidadão perfeitamente identificado, capaz de exercer direitos e cumprir deveres no mundo digital de forma plena. Essa é a grande meta”, conclui o secretário.
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